BLOG

Mulher, como está o seu sono?

Ei, você, mulher! Está cansada? Sobrecarregada? São tantas atividades.. trabalho, filhos, casa… tanto estresse… E ainda não consegue dormir direito? Fica pensando em tudo que tem para fazer no outro dia? Rolando na cama de um lado para outro? 

Você não está sozinha! 

Apesar das diretrizes nacionais e internacionais recomendarem pelo menos 7h de sono por noite, menos de dois terços das mulheres conseguem atingir esse objetivo regularmente! As condições biológicas e a sobrecarga com todas as atividades tradicionalmente atribuídas, influenciam significativamente na quantidade e qualidade do sono das mulheres.

 

Quando a diferença de sono entre homens e mulheres começa a surgir? 

O impacto do sexo no sono começa na puberdade e se perpetua ao longo da vida, influenciado principalmente pelos ciclos hormonais. Durante o ciclo menstrual, um terço das mulheres relata distúrbios do sono devido a cólicas, dores de cabeça e inchaço. Na gravidez, especialmente no terceiro trimestre, as mulheres podem enfrentar síndrome das pernas inquietas, apneia do sono, dores e incontinência urinária. No pós-parto, a queda abrupta nos níveis hormonais e a adaptação à rotina com um bebê recém-nascido podem afetar ainda mais a qualidade do sono. Mas não é só isso! 

 

Os ciclos hormonais não explicam tudo! 

Os ciclos hormonais explicam boa parte das dificuldade das mulheres com o sono, entretanto, não são só eles que interferem neste processo. Veja a seguir outras razões pelas quais as mulheres acabam dormindo pior do que os homens: 

– Responsabilidades sociais e familiares: As mulheres frequentemente assumem mais responsabilidades em relação ao cuidado da casa, filhos, cônjuge e família, o que pode resultar em menor tempo para o descanso e maior número de despertares durante à noite. 

– Fatores psicológicos: As mulheres têm quase duas vezes mais probabilidade de relatar depressão do que os homens, e essas condições estão fortemente associadas à insônia e a outros problemas de sono.

– Insônia: As mulheres têm 40% mais probabilidade de sofrer de insônia do que os homens. Dentre as causas, observa-se alterações hormonais, estresse e depressão.

– Trabalho em turnos: Mulheres que trabalham em turnos irregulares têm um risco maior de desenvolver problemas de sono, câncer de mama e doenças cardiovasculares. 

– Dor crônica: Condições associadas à dor crônica, como enxaqueca, artrite e fibromialgia, são mais comuns entre as mulheres e afetam a qualidade do sono.

– Síndrome das pernas inquietas: Esta síndrome é duas vezes mais comum em mulheres e pode causar dificuldades para adormecer e manter o sono. 

– Apneia do sono: Mais comum em homens, a prevalência de apneia do sono aumenta nas mulheres após os 50 anos. Fatores de risco incluem obesidade e alterações hormonais na menopausa. 

 

Diante deste cenário, como as mulheres podem melhorar a qualidade do seu sono? 

É importante que as mulheres reconheçam suas dificuldades com o sono e busquem por tratamento com profissionais especializados, como Médicos do Sono e Psicólogos do Sono. Ao realizar uma avaliação com estes especialistas, é possível chegar mais rapidamente ao diagnóstico correto e tratamento adequado. É importante ressaltar que não se deve utilizar medicamentos sem avaliação e acompanhamento médico.  

Além disso, outros cuidados são necessários, como por exemplo: dividir as tarefas domésticas e cuidados familiares com seu parceiro ou parceira, priorizar momentos de descanso, prazer e autocuidado na rotina, praticar exercícios de relaxamento próximo ao horário de dormir, realizar exercícios físicos por pelo menos 150 minutos durante a semana e se expor à luz do sol diariamente, principalmente pela manhã. Para ter acesso a outras sugestões de hábitos saudáveis de sono, acesse o e-book gratuito sobre Higiene do Sono em nosso site

Implementar essas estratégias pode ajudar significativamente as mulheres a melhorar a qualidade do sono e, consequentemente, sua saúde e bem-estar geral. Conte com a nossa equipe! 💙

Referências:

Nowakowski, S., Meers, J., & Heimbach, E. (2013). Sleep and women’s health. Sleep Medicine Research, 4(1), 1–22. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25688329/ 

Burgard, S. A., & Ailshire, J. A. (2013). Gender and Time for Sleep among U.S. Adults. American sociological review, 78(1), 51–69. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25237206/

Mallampalli, M. P., & Carter, C. L. (2014). Exploring sex and gender differences in sleep health: a Society for Women’s Health Research Report. Journal of women’s health (2002), 23(7), 553–562. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24956068/

Moline, M. L., Broch, L., Zak, R., & Gross, V. (2003). Sleep in women across the life cycle from adulthood through menopause. Sleep medicine reviews, 7(2), 155–177. https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S108707920190228X 

Albert P. R. (2015). Why is depression more prevalent in women?. Journal of Psychiatry & Neuroscience, 40(4), 219–221. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26107348/

Está gostando do conteúdo? Compartilhe !

Preencha o Formulário

para receber o seu E-book por e-mail