A ansiedade é uma experiência que vai muito além de “ficar nervoso” de vez em quando. Ela afeta o corpo, os pensamentos, as emoções e o comportamento, impactando diretamente a qualidade de vida e o bem-estar. Para ter uma ideia da sua dimensão, a ansiedade está entre as 10 condições de saúde que mais causam incapacidade no mundo!
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015 cerca de 264 milhões de pessoas viviam com transtornos de ansiedade. Esse número cresceu ainda mais após a pandemia de COVID-19, que trouxe inúmeros desafios emocionais e sociais.
Pensando nisso, nossa equipe preparou informações importantes para que você possa identificar os sinais e saber quando é hora de procurar ajuda.
Sintomas físicos: o corpo fala!
Quando estamos ansiosos, o corpo reage como se estivesse sempre em “alerta máximo”. Os sintomas mais comuns incluem:
- Coração acelerado ou batendo forte
- Respiração curta ou rápida demais
- Tonturas, sensação de desmaio
- Suor excessivo, mãos frias ou úmidas
- Dor ou aperto no peito
- Náuseas, dor de barriga ou até diarreia
- Tensão muscular, formigamentos ou tremores
- Boca seca
Sintomas cognitivos: o excesso de preocupação
A ansiedade costuma “tomar conta” da nossa mente, causando pensamentos negativos e catastróficos, como:
💭 “Não vou conseguir!”
💭 “Vou perder o controle!”
💭 “Posso enlouquecer!”
💭 “E se eu tiver um problema grave de saúde?”
💭 “O que os outros vão pensar de mim?”
Além disso, é muito comum perceber:
- Dificuldade de concentração
- Confusão mental
- Falhas de memória ou dificuldade para raciocinar
Diante de tantas dificuldades, as pessoas, muitas vezes sem perceber, podem adotar alguns comportamentos para tentar lidar com a ansiedade. Veja alguns exemplos:
- Evitam situações ou lugares que consideram ameaçadores
- Ficam mais agitadas, inquietas ou não conseguem relaxar
- Procuram se manter apenas em ambientes onde se sentem “mais seguras”
- Sentem dificuldade para respirar, falar ou pensar com clareza
- Fogem ou desistem rapidamente de situações que geram desconforto
Além disso, várias emoções costumam surgir nesses momentos de ansiedade intensa, como:
💢 Nervosismo, tensão e irritabilidade
😨 Medo excessivo ou sensação de que algo ruim vai acontecer
😟 Apreensão, agitação ou impaciência
Agora que falamos sobre os sintomas físicos, os pensamentos (sintomas cognitivos), as emoções e os comportamentos típicos da ansiedade, queremos convidar você a refletir:
Será que a ansiedade está afetando sua rotina?
❓ Tem atrapalhado o seu trabalho ou os estudos?
❓ Prejudicado seus relacionamentos?
❓ Impedido você de aproveitar momentos de lazer ou descanso?
Se a resposta for “sim” para alguma dessas perguntas, faça uma pausa agora mesmo. Pegue papel e caneta e separe uns 5 minutinhos para si.
A seguir, propomos um exercício simples e muito útil:
✅ Lista de verificação de sintomas de ansiedade
Este é um questionário autoaplicável, criado para ajudar você a perceber com mais clareza se a sua ansiedade pode estar em um nível que merece atenção profissional.
Como funciona?
Leia com calma cada afirmativa e marque com um “✔” ou “X” aquelas que descrevem como você tem se sentido.
Ao final, observe: se muitas das afirmativas fizerem sentido para você, talvez seja o momento de considerar procurar ajuda especializada — se ainda não estiver fazendo terapia ou sendo acompanhado por um psiquiatra.
Lembre-se: ansiedade tem tratamento! E quanto mais cedo você busca apoio, maiores são as chances de retomar o equilíbrio e o bem-estar.
Lista de verificação de transtornos de ansiedade |
||
Sim | Não | |
1. Meus episódios de ansiedade me afligem de maneira moderada. | ||
2. Fico ansioso diante de situações ou tarefas comuns que a maioria das pessoas encara com dificuldade. | ||
3. Tenho episódios de ansiedade diariamente ou ao menos várias vezes por semana. | ||
4. Tenho problemas com ansiedade há vários meses ou anos. | ||
5. Meus episódios de ansiedade duram mais do que se esperaria diante da situação. | ||
6. Evito certos lugares, situações, pessoas ou atividades por causa da ansiedade. | ||
7. A ansiedade interfere em meu trabalho (escola), nos relacionamentos com as pessoas. | ||
8. Tendo a pensar em tragédias (no pior desfecho) quando ansioso. | ||
9. Tenho crises repentinas de ansiedade ou ataques de pânico. | ||
10. Minha ansiedade se espalhou e agora incluiu uma série de diferentes situações, objetos, pessoas, tarefas, etc. | ||
11. Não sou muito bem-sucedido no controle da ansiedade sem medicação. | ||
12. Tornei-me muito temeroso dos episódios de ansiedade. | ||
13. É cada vez mais difícil sentir-me calmo ou seguro. | ||
14. Amigos íntimos ou familiares acham que tenho um problema de ansiedade. | ||
15. Sempre tive tendência de ser uma pessoa ansiosa ou nervosa. |
Fonte: Lista de sintomas retirada do livro “Vencendo a ansiedade e preocupação com a terapia cognitivo-comportamental”, da editora Artmed, 2012. Para informações completas, consulte o livro.
Embora o exercício acima possa ajudar a refletir sobre sua ansiedade, nem sempre é fácil perceber quando ela está fora do controle. É importante lembrar que um transtorno de ansiedade costuma se manifestar de forma intensa, persistir por um período prolongado, afetar diferentes áreas da vida e causar prejuízos significativos no dia a dia.
Existem diversos tipos de transtornos de ansiedade, como o transtorno de pânico, a ansiedade generalizada e a fobia social. Cada um possui características específicas, mas todos podem ser tratados com a ajuda adequada. A avaliação de um profissional da saúde mental é fundamental para identificar corretamente o transtorno, compreender sua intensidade e indicar o tratamento mais adequado.
Aqui na Cronosul, contamos com uma equipe especializada, pronta para acolher, investigar e oferecer o tratamento psicoterapêutico mais indicado para você. Se tiver dúvidas ou precisar de apoio, entre em contato conosco. Será um prazer ajudar você nesta jornada! 😊
Referências:
Clark DA, Beck AT. Vencendo a ansiedade e a preocupação com a terapia cognitivo-comportamental: manual do paciente. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Depression and Other Common Mental Disorders: Global Health Estimates. Geneva: World Health Organization; 2017. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.
Global Burden of Disease Study 2013 Collaborators. Lancet. 2015;386(9995):743-800.
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