A obesidade é considerada uma das doenças modernas mais preocupantes. Sua prevalência quase triplicou desde 1975 e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016 mais de 38% dos adultos estavam com sobrepeso e 13% eram obesos.
O cenário entre crianças e adolescentes também é alarmante. Um relatório recente da Unicef, “Alimentando o Lucro: Como os Ambientes Alimentares Estão Decepcionando as Crianças”, que avaliou dados de mais de 190 países, mostrou que, pela primeira vez, o número de jovens obesos (entre 5 e 19 anos) superou o de menores abaixo do peso ideal. A pesquisa destacou que, cada vez mais, a alimentação na infância é composta por ultraprocessados e “fast-foods”, ricos em açúcar, sal, gorduras, amido refinado e aditivos, sendo alimentos que favorecem o ganho de peso.
Esses dados chamam a atenção porque estar acima do peso ou obeso já está relacionado a mais mortes no mundo do que estar abaixo do peso. A principal causa da obesidade é o desequilíbrio energético, ou seja, consumir mais calorias do que o corpo gasta. Mas não são apenas alimentação e sedentarismo que pesam nessa conta: fatores como genética, estilo de vida moderno e até o sono também desempenham um papel importante.
Dormir pouco, ter um sono de má qualidade ou viver em constante dessincronização do relógio biológico, como acontece em quem tem horários irregulares para dormir e acordar, aumenta o risco de ganho de peso e obesidade. Pesquisas recentes mostram que dormir pouco, ter distúrbios de sono ou alterações no ritmo biológico, especialmente durante a infância e adolescência, aumenta o risco de obesidade ao longo da vida. Isso porque o sono não serve apenas para descansar: ele regula hormônios, metabolismo e até o apetite. Quando nossos horários de dormir e acordar ficam desalinhados do ciclo natural de 24 horas (claro/escuro), o corpo entra em descompasso, o que pode favorecer o ganho de peso, além de aumentar a vulnerabilidade para doenças como diabetes e problemas cardiovasculares.
Diversos hábitos do dia a dia também contribuem para esse quadro: ficar exposto à luz durante a noite, ter horários irregulares para se alimentar, consumir estimulantes como café, energéticos e refrigerantes no período noturno e até a dificuldade de acesso a uma alimentação saudável. Esses fatores, que são ainda mais comuns em quem trabalha em turnos ou à noite, favorecem não só o ganho de peso, mas também elevam o risco de hipertensão e outras doenças metabólicas.
Prestar atenção na qualidade do seu sono e na sua rotina diária pode fazer toda a diferença para a saúde e o peso. Algumas mudanças simples já ajudam muito:
- ajustar os horários das refeições
- manter uma rotina de atividade física
- cuidar da higiene do sono, como evitar telas antes de dormir, ter um ambiente tranquilo e horários regulares para deitar e acordar.
Essas estratégias contribuem não só para reduzir o peso, mas também para manter um estilo de vida mais equilibrado e saudável. E lembre-se: se você percebe que seus hábitos de sono estão impactando sua saúde ou seu peso, não hesite em buscar ajuda profissional. O acompanhamento adequado é essencial para prevenir complicações e promover bem-estar a longo prazo.
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Referências:
Broussard JL, Van Cauter E. Disturbances of sleep and circadian rhythms: novel risk factors for obesity. Curr Opin Endocrinol Diabetes Obes. 2016;23(5):353-9.
McHill AW, Wright KP Jr. Role of sleep and circadian disruption on energy expenditure and in metabolic predisposition to human obesity and metabolic disease. Obes Rev. 2017;18 Suppl 1:15-24.
McHill AW, Wright KP Jr. Role of sleep and circadian disruption on energy expenditure and in metabolic predisposition to human obesity and metabolic disease. Obes Rev. 2017;18 Suppl 1:15-24.
Obesity and overweight, Fact sheet n 311, 2018. Available at http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/WHO (World Health Organization).
ONU. Mundo tem mais crianças diagnosticadas com obesidade do que abaixo do peso, 10 Setembro 2025. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2025/09/1850934
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